terça-feira, 27 de julho de 2010

o salto é o começo

saltar para não cair no abismo, saltar pra não olhar pra tarás e se arrepender de algo que ficou na lembrança...
encher a cabeça de tudo quanto for possível para simplesmente não pensar, esquecer o que simplesmente não tem mais volta e deixar para o passado o que pertence a ele,
se agarrando cada vez mais nas mãos do futuro, que mesmo insalubre é mais limpo porém não menos puro do que o passado, afinal, o passado de certa forma é o começo, e o começo sempre é mais inocente e frágil...

Querer sonhar é uma coisa muito linda quando se tem forças para acreditar nesse sonho, mas ao tardar ele é completamente inútil se este já está fora de nossas mãos.

DEPOIS DE TUDO, nem sei mais de mim

as vezes sóbrea, as vezes confusa, a eterna poetiza é uma cixa de surpresas que está sempre em sua grande metamorfose...
é difícil pra ela perceber que cresceu, que não pode mais controlar tudo a sua volta, inclusive ela mesma, ou melhor, principalmente ela mesma...
é estranho sonhar com um abismo e acordar e perceber que ele realmente existe e que além disso, se está a alguns passo de mergulhar numa imensidão que parece tão assustadora mas ao mesmo tempo tão acolhedora...
é onde ela pode cair...
ela não quer isso e luta pra que essa penumbra não a envolva a cada dia mais e a deixe adoecer para sempre...
mas as vezes a solidão é um mal necessário...